DNA
Clube: AD
Serpinense (AF Coimbra); GRAP, União de Leiria, CPR Pocariça, CRC O Abelha,
Núcleo SCP Pombal (AF Leiria)
ARCA: Como surgiu o gosto pelo futsal e quais são os seus objetivos?
O gosto "da bola" surgiu
desde pequena. Desde que me lembro adoro jogar à bola, era na escola, em casa,
onde fosse possível. Sempre fiz desporto, mas só comecei no futsal federado com
14 anos. Fiz natação, ginástica, andebol, até que decidi que queria jogar a
sério e não só à bola. Não tinha conhecimento de nenhum clube de futsal na
altura, acho que procurei mais equipas femininas do que equipas futsal. O que
eu queria era jogar! Depois de procurar encontrei um clube que tinha uma equipa
sénior feminina de futsal, comecei a treinar e simplesmente adorei. Ao longo
desse ano foram aparecendo mais jogadoras com a minha idade e formamos uma
equipa júnior. No ano seguinte começamos a competir e desde aí não parei. Os
meus objetivos sempre foram disfrutar o máximo de uma das coisas que eu mais
gosto na vida e melhorar, melhorar, melhorar. Não tenho nenhum objetivo
específico de ganhar campeonatos e troféus. Mas sempre joguei para isso e se
vierem ainda melhor! Acho que para mim o maior objetivo no futsal é disfrutar
disto! No dia em que me sentir obrigada a jogar paro. Mas não quer dizer que
não goste de competir, aliás para mim é a melhor parte. É onde podemos mostrar
o nosso talento conjugado com o trabalho de uma equipa inteira. E quero sempre
chegar o mais longe possível na equipa onde estou. Neste momento, quero chegar
o mais longe possível na Taça Nacional com o Serpinense!
Que percurso efetuou no futsal até aos dias de hoje?
Como disse, comecei a jogar futsal
aos 14 anos numa equipa nos arredores de Leiria, o GRAP. Joguei lá dois anos,
depois joguei no União Desportiva de Leiria durante dois anos. Isto como
júnior. Na época 2010/11 comecei a jogar como sénior na CPR Pocariça, joguei lá
um ano. No ano a seguir mudei-me para um clube mais pertinho de casa chamado
CRC O Abelha. Foi então que em 2012/13 iniciei o meu percurso no Núcleo SCP
Pombal. Joguei durante três anos nesta equipa até esta época que cheguei ao
Serpinense.
Como surgiu o convite para representar o Clube AD Serpinense e o que levou
a aceitar?
O convite surgiu durante o verão do
ano passado. Eu já conhecia duas jogadoras da equipa e já conhecia vagamente a
equipa, pois já tinha jogado contra o Serpinense para a taça nacional no
primeiro ano que joguei pelo núcleo de pombal. Vários fatores me levaram a
aceitar. Inicialmente o objetivo era também mudar-me para os lados de Serpins a
nível profissional, e logo aí teve um grande peso na minha decisão. Depois o
facto de ser tudo novo. Campeonato, equipas, jogadoras… o que me cativou
também. Depois acabei por não ir trabalhar para Serpins, mas apesar das viagens
longas (acho que a única parte má de estar nesta equipa) não me arrependo nada
da minha decisão. Estou mesmo a gostar muito do grupo que formamos em Serpins e
do ambiente. Para não falar que obtivemos um excelente resultado no campeonato.
Não fazendo ideia para o que vinha em termos de nível de jogo, tanto na minha
equipa como equipas adversárias, fiquei agradavelmente surpreendida.
Que diferenças encontraste entre a AF Coimbra e a AF Leiria e como foi a
transição?
A primeira grande diferença que
encontrei foi no tipo de campeonato. Em Coimbra todas as equipas jogam contra
todas com duas voltas. Já em Leiria, numa primeira fase o campeonato é dividido
em vários grupos e posteriormente o primeiro e segundo de cada grupo formam um
grupo para o apuramento campeão e um segundo grupo com as equipas não
qualificadas para disputaram um torneio complementar.
A meu ver na AF Leiria as equipas
saem prejudicadas pois todos os anos jogam sempre contra as mesmas equipas (os
grupos são divididos geograficamente) e até acontece nunca jogarem contra muita
das equipas (e posso falar por experiência própria). Continuando, o facto de
ser cronometrado é também muito bom. Em Leiria cada parte é 30 minutos
seguidos. Na minha opinião era mais uma coisa que a AF Leiria podia seguir o
exemplo.
De resto penso não encontrar grandes
diferenças. Acho que me adaptei bem no campeonato de Coimbra. Fui sempre bem
recebida e bem tratada. Integrei-me bem na equipa e penso ter feito um
campeonato positivo. Encontrei muita qualidade. Para ser sincera tinha ideia
que seria mais fraco que o de Leiria. Mas agora que chegamos ao final, devo
admitir que é neste momento talvez igual ou melhor que o de Leiria. Tem
jogadoras com muita qualidade e garra.
Por fim gostarias de deixar algumas palavras aos seguidores do blog ARCA –
Futsal Feminino Coimbra?
Primeiro queria agradecer pela
entrevista. Segundo felicitar o Blog pelo trabalho realizado. Como seguidora,
aprecio muito o trabalho que tem sido feito e é muito bom ver alguém assim
dedicado ao futsal feminino. Em Leiria também começa a haver iniciativas do
género, o que é muito positivo. Espero que isto continue por muitos anos e
desejo muito sucesso à ARCA.
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