Campeonato Distrital Divisão Honra 2017/2018

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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Rubrica “Visto por Fora” - Entrevista à atleta Mónica Antunes (AD Serpinense)


DNA

Nome: Mónica Raquel Dias Antunes

Clube: AD Serpinense (AF Coimbra); GRAP, União de Leiria, CPR Pocariça, CRC O Abelha, Núcleo SCP Pombal (AF Leiria)


ARCA: Como surgiu o gosto pelo futsal e quais são os seus objetivos?
O gosto "da bola" surgiu desde pequena. Desde que me lembro adoro jogar à bola, era na escola, em casa, onde fosse possível. Sempre fiz desporto, mas só comecei no futsal federado com 14 anos. Fiz natação, ginástica, andebol, até que decidi que queria jogar a sério e não só à bola. Não tinha conhecimento de nenhum clube de futsal na altura, acho que procurei mais equipas femininas do que equipas futsal. O que eu queria era jogar! Depois de procurar encontrei um clube que tinha uma equipa sénior feminina de futsal, comecei a treinar e simplesmente adorei. Ao longo desse ano foram aparecendo mais jogadoras com a minha idade e formamos uma equipa júnior. No ano seguinte começamos a competir e desde aí não parei. Os meus objetivos sempre foram disfrutar o máximo de uma das coisas que eu mais gosto na vida e melhorar, melhorar, melhorar. Não tenho nenhum objetivo específico de ganhar campeonatos e troféus. Mas sempre joguei para isso e se vierem ainda melhor! Acho que para mim o maior objetivo no futsal é disfrutar disto! No dia em que me sentir obrigada a jogar paro. Mas não quer dizer que não goste de competir, aliás para mim é a melhor parte. É onde podemos mostrar o nosso talento conjugado com o trabalho de uma equipa inteira. E quero sempre chegar o mais longe possível na equipa onde estou. Neste momento, quero chegar o mais longe possível na Taça Nacional com o Serpinense!

Que percurso efetuou no futsal até aos dias de hoje?
Como disse, comecei a jogar futsal aos 14 anos numa equipa nos arredores de Leiria, o GRAP. Joguei lá dois anos, depois joguei no União Desportiva de Leiria durante dois anos. Isto como júnior. Na época 2010/11 comecei a jogar como sénior na CPR Pocariça, joguei lá um ano. No ano a seguir mudei-me para um clube mais pertinho de casa chamado CRC O Abelha. Foi então que em 2012/13 iniciei o meu percurso no Núcleo SCP Pombal. Joguei durante três anos nesta equipa até esta época que cheguei ao Serpinense.


Como surgiu o convite para representar o Clube AD Serpinense e o que levou a aceitar?
O convite surgiu durante o verão do ano passado. Eu já conhecia duas jogadoras da equipa e já conhecia vagamente a equipa, pois já tinha jogado contra o Serpinense para a taça nacional no primeiro ano que joguei pelo núcleo de pombal. Vários fatores me levaram a aceitar. Inicialmente o objetivo era também mudar-me para os lados de Serpins a nível profissional, e logo aí teve um grande peso na minha decisão. Depois o facto de ser tudo novo. Campeonato, equipas, jogadoras… o que me cativou também. Depois acabei por não ir trabalhar para Serpins, mas apesar das viagens longas (acho que a única parte má de estar nesta equipa) não me arrependo nada da minha decisão. Estou mesmo a gostar muito do grupo que formamos em Serpins e do ambiente. Para não falar que obtivemos um excelente resultado no campeonato. Não fazendo ideia para o que vinha em termos de nível de jogo, tanto na minha equipa como equipas adversárias, fiquei agradavelmente surpreendida.

Que diferenças encontraste entre a AF Coimbra e a AF Leiria e como foi a transição?
A primeira grande diferença que encontrei foi no tipo de campeonato. Em Coimbra todas as equipas jogam contra todas com duas voltas. Já em Leiria, numa primeira fase o campeonato é dividido em vários grupos e posteriormente o primeiro e segundo de cada grupo formam um grupo para o apuramento campeão e um segundo grupo com as equipas não qualificadas para disputaram um torneio complementar.
A meu ver na AF Leiria as equipas saem prejudicadas pois todos os anos jogam sempre contra as mesmas equipas (os grupos são divididos geograficamente) e até acontece nunca jogarem contra muita das equipas (e posso falar por experiência própria). Continuando, o facto de ser cronometrado é também muito bom. Em Leiria cada parte é 30 minutos seguidos. Na minha opinião era mais uma coisa que a AF Leiria podia seguir o exemplo.
De resto penso não encontrar grandes diferenças. Acho que me adaptei bem no campeonato de Coimbra. Fui sempre bem recebida e bem tratada. Integrei-me bem na equipa e penso ter feito um campeonato positivo. Encontrei muita qualidade. Para ser sincera tinha ideia que seria mais fraco que o de Leiria. Mas agora que chegamos ao final, devo admitir que é neste momento talvez igual ou melhor que o de Leiria. Tem jogadoras com muita qualidade e garra.    


Por fim gostarias de deixar algumas palavras aos seguidores do blog ARCA – Futsal Feminino Coimbra?

Primeiro queria agradecer pela entrevista. Segundo felicitar o Blog pelo trabalho realizado. Como seguidora, aprecio muito o trabalho que tem sido feito e é muito bom ver alguém assim dedicado ao futsal feminino. Em Leiria também começa a haver iniciativas do género, o que é muito positivo. Espero que isto continue por muitos anos e desejo muito sucesso à ARCA.

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