DNA
Nome: Vânia
Ribeiro
Clubes:
G. R. Casal (2012/2013)
U. P. C. Chelo
(2013/2014)
ARCA: Como
surgiu o gosto pelo futsal?
Vânia Ribeiro: Quando eu era miúda, o meu pai era jogador de
futebol, futsal e treinador. Sempre o acompanhei para os jogos, tendo criado um
grande gosto pelo desporto em geral, mas especialmente por estas duas
modalidades.
Na escola preferia jogar à bola com os rapazes do
que brincar com as outras raparigas e sempre que tínhamos tarde livre
costumávamos ir jogar à bola para o campo. Talvez o meu pai seja o verdadeiro
culpado, no bom sentido, por este gosto que criei ao longo dos anos.
Na escola frequentei o futsal no desporto escolar,
mas até ao ano passado não tinha nenhuma equipa perto na qual pudesse integrar,
e onde pudesse aprender mais e começar a competir.
ARCA: Que
percurso efectuas-te no futsal até aos dias de hoje?
Vânia Ribeiro: O meu percurso no futsal é muito curto, visto que
estou a fazer a segunda época na competição.
ARCA: Há quantos
anos praticas esta modalidade?
Vânia Ribeiro: Há cerca de ano e meio.
ARCA: O que te
levou a escolher esta modalidade?
Vânia Ribeiro: Sempre gostei de desporto e, em especial, de jogar
à bola. Contudo, a nível feminino, não havia nenhuma modalidade perto da minha
localidade. No ano passado surgiu essa oportunidade e aproveitei-a para fazer
algo que realmente gosto. Para além disso, adoro o espírito de equipa que ele
me transmite. É apenas o meu segundo ano e sei que tenho muito a melhorar e
aprender, mas tenho uma equipa, directores e treinador fantásticos que nos dão
todo o apoio que precisamos.
União Chelo 2013/2014 - Na foto a atleta entrevistada está na ponta com o colete na mão |
ARCA: Quais são
os teus objectivos nesta modalidade?
Vânia Ribeiro: Diria simplesmente que ser atleta é uma forma de
descobrir quem somos e até que limite podemos chegar. É aprender a superar os
medos, receios, fraquezas, mas sobretudo, aprender que em nós poderá existir a
força necessária para alcançar o que queremos.
O atleta compete para equilibrar o corpo, a mente e
o espírito, utilizando toda a sua paixão e prazer em tudo aquilo que faz para
conseguir atingir os seus objectivos.
Para mim ser atleta é ser desafiante, é estar na
vida para viver todos os segundos de forma intensa. É construir, é recriar, é
partilhar e, mesmo sem fôlego, poder gritar bem alto o que nos vai na alma e
ter o sentimento de dever cumprido.
E, por isso, os meus objectivos enquanto atleta
desta modalidade são aprender e melhorar cada vez mais, evoluir como jogadora e
também como pessoa, dando o meu melhor em campo, trabalhando em equipa e nos
treinos e honrando o meu clube.
ARCA: Qual a tua
opinião sobre o Campeonato Distrital da AFC?
Vânia Ribeiro: Não tendo grande experiência, apenas posso falar
das últimas duas épocas. Esta época, o número de equipas aumentou, sendo
importante manter essa tendência, para que o futsal feminino consiga evoluir a
nível distrital. Penso que, apesar da enorme diferença entre as pontuações
entre os primeiros e os últimos classificados, há uma maior competitividade
comparativamente ao ano passado.
Em relação ao Campeonato no geral nota-se que há
equipas mais fracas e outras mais fortes, o que pode causar grandes diferenças
nos resultados, mas não é por isso que se pode baixar os braços. Todas
aprendemos umas com as outras e são os erros que nos ajudam a evoluir.
Acho que está a existir uma evolução no Campeonato
Distrital da AFC. Contudo, não concordo com os jogos há quarta-feira, penso que
seria preferível alongar um pouco mais o campeonato.
ARCA: O que tens
a dizer sobre a realização do Torneio Inter-Associações e o 1º Campeonato
Nacional?
Vânia Ribeiro: Sem dúvida que o Inter- Associações e o Campeonato
Nacional são competições que juntam o que de melhor há no país ao nível do
futsal feminino, e que fazem as atletas e as próprias equipas evoluir ainda
mais.
O Torneio Inter-Associações é importante para a
formação das atletas, para lhes dar uma experiência competitiva de elevado valor.
Relativamente ao 1º campeonato Nacional, foi uma
óptima iniciativa, que permitiu levar o nome de Coimbra mais longe e mostrar
alguns talentos promissores do nosso campeonato. Permitiu equilibrar o nível
competitivo, o que por si só, melhorará a competição e a emoção dos jogos.
União Chelo 2013/2014 Na foto a atleta entrevistada está na fila de cima , da esquerda para a direita, a quarta atleta |
ARCA: Como vês o
futsal feminino em Portugal?
Vânia Ribeiro: Penso que Portugal é um país que não dá muito valor
ao futsal, quer feminino quer masculino. Contudo, o futsal feminino é ainda
mais desvalorizado, uma vez que muitas pessoas continuam com a mentalidade de
que desporto é apenas para rapazes.
Embora ainda haja esta desvalorização do futsal
feminino em Portugal, é de notar que a realização do III Torneio Mundial Futsal
Feminino 2012 ter sido em Portugal, contribui para um avanço na mentalidade das
pessoas e da divulgação do futsal feminino em Portugal.
De modo a que ocorra uma evolução da modalidade,
deveriam existir competições para os escalões de juvenis e juniores nas várias
associações distritais. Tem que se aproveitar o talento jovem, apostando na
formação.
ARCA: Por fim
gostarias de deixar algumas palavras aos seguidores do blog ARCA – Futsal
Feminino em Coimbra?
Vânia Ribeiro: Quanto aos
seguidores do blog, e amantes desta modalidade, faço um apelo para que
acompanhem as equipas, das quais são adeptos, fazendo o possível para assistir
aos jogos, dando assim o seu apoio.
Por último, gostaria de agradecer o convite. Queria,
também, agradecer à ARCA pelo investimento nesta área e pelo trabalho que tem
realizado, proporcionando a partilha de experiências e divulgação do campeonato
tanto distrital como nacional. Parabéns e que continuem a fazer um óptimo
trabalho!
Entrevista efetuada pela colaboradora Ana Rita Santos
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