Campeonato Distrital Divisão Honra 2017/2018

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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Entrevista à atleta Vânia Ribero (União Chelo)




DNA

Nome: Vânia Ribeiro

Clubes: G. R. Casal (2012/2013)
              U. P. C. Chelo (2013/2014)


ARCA: Como surgiu o gosto pelo futsal?

Vânia Ribeiro: Quando eu era miúda, o meu pai era jogador de futebol, futsal e treinador. Sempre o acompanhei para os jogos, tendo criado um grande gosto pelo desporto em geral, mas especialmente por estas duas modalidades. 
Na escola preferia jogar à bola com os rapazes do que brincar com as outras raparigas e sempre que tínhamos tarde livre costumávamos ir jogar à bola para o campo. Talvez o meu pai seja o verdadeiro culpado, no bom sentido, por este gosto que criei ao longo dos anos.
Na escola frequentei o futsal no desporto escolar, mas até ao ano passado não tinha nenhuma equipa perto na qual pudesse integrar, e onde pudesse aprender mais e começar a competir.
                                                    
ARCA: Que percurso efectuas-te no futsal até aos dias de hoje?

Vânia Ribeiro: O meu percurso no futsal é muito curto, visto que estou a fazer a segunda época na competição.

ARCA: Há quantos anos praticas esta modalidade?

Vânia Ribeiro: Há cerca de ano e meio.

ARCA: O que te levou a escolher esta modalidade?

Vânia Ribeiro: Sempre gostei de desporto e, em especial, de jogar à bola. Contudo, a nível feminino, não havia nenhuma modalidade perto da minha localidade. No ano passado surgiu essa oportunidade e aproveitei-a para fazer algo que realmente gosto. Para além disso, adoro o espírito de equipa que ele me transmite. É apenas o meu segundo ano e sei que tenho muito a melhorar e aprender, mas tenho uma equipa, directores e treinador fantásticos que nos dão todo o apoio que precisamos.

União Chelo 2013/2014 - Na foto a atleta entrevistada está na ponta com o colete na mão

ARCA: Quais são os teus objectivos nesta modalidade?

Vânia Ribeiro: Diria simplesmente que ser atleta é uma forma de descobrir quem somos e até que limite podemos chegar. É aprender a superar os medos, receios, fraquezas, mas sobretudo, aprender que em nós poderá existir a força necessária para alcançar o que queremos.
O atleta compete para equilibrar o corpo, a mente e o espírito, utilizando toda a sua paixão e prazer em tudo aquilo que faz para conseguir atingir os seus objectivos.
Para mim ser atleta é ser desafiante, é estar na vida para viver todos os segundos de forma intensa. É construir, é recriar, é partilhar e, mesmo sem fôlego, poder gritar bem alto o que nos vai na alma e ter o sentimento de dever cumprido.
E, por isso, os meus objectivos enquanto atleta desta modalidade são aprender e melhorar cada vez mais, evoluir como jogadora e também como pessoa, dando o meu melhor em campo, trabalhando em equipa e nos treinos e honrando o meu clube.

ARCA: Qual a tua opinião sobre o Campeonato Distrital da AFC?

Vânia Ribeiro: Não tendo grande experiência, apenas posso falar das últimas duas épocas. Esta época, o número de equipas aumentou, sendo importante manter essa tendência, para que o futsal feminino consiga evoluir a nível distrital. Penso que, apesar da enorme diferença entre as pontuações entre os primeiros e os últimos classificados, há uma maior competitividade comparativamente ao ano passado.
Em relação ao Campeonato no geral nota-se que há equipas mais fracas e outras mais fortes, o que pode causar grandes diferenças nos resultados, mas não é por isso que se pode baixar os braços. Todas aprendemos umas com as outras e são os erros que nos ajudam a evoluir.
Acho que está a existir uma evolução no Campeonato Distrital da AFC. Contudo, não concordo com os jogos há quarta-feira, penso que seria preferível alongar um pouco mais o campeonato.

ARCA: O que tens a dizer sobre a realização do Torneio Inter-Associações e o 1º Campeonato Nacional?

Vânia Ribeiro: Sem dúvida que o Inter- Associações e o Campeonato Nacional são competições que juntam o que de melhor há no país ao nível do futsal feminino, e que fazem as atletas e as próprias equipas evoluir ainda mais.
O Torneio Inter-Associações é importante para a formação das atletas, para lhes dar uma experiência competitiva de elevado valor.
Relativamente ao 1º campeonato Nacional, foi uma óptima iniciativa, que permitiu levar o nome de Coimbra mais longe e mostrar alguns talentos promissores do nosso campeonato. Permitiu equilibrar o nível competitivo, o que por si só, melhorará a competição e a emoção dos jogos.

União Chelo 2013/2014
Na foto a atleta entrevistada está na fila de cima , da esquerda para a direita, a quarta atleta



ARCA: Como vês o futsal feminino em Portugal?

Vânia Ribeiro: Penso que Portugal é um país que não dá muito valor ao futsal, quer feminino quer masculino. Contudo, o futsal feminino é ainda mais desvalorizado, uma vez que muitas pessoas continuam com a mentalidade de que desporto é apenas para rapazes.
Embora ainda haja esta desvalorização do futsal feminino em Portugal, é de notar que a realização do III Torneio Mundial Futsal Feminino 2012 ter sido em Portugal, contribui para um avanço na mentalidade das pessoas e da divulgação do futsal feminino em Portugal.
De modo a que ocorra uma evolução da modalidade, deveriam existir competições para os escalões de juvenis e juniores nas várias associações distritais. Tem que se aproveitar o talento jovem, apostando na formação.

ARCA: Por fim gostarias de deixar algumas palavras aos seguidores do blog ARCA – Futsal Feminino em Coimbra?

Vânia Ribeiro:  Quanto aos seguidores do blog, e amantes desta modalidade, faço um apelo para que acompanhem as equipas, das quais são adeptos, fazendo o possível para assistir aos jogos, dando assim o seu apoio.

Por último, gostaria de agradecer o convite. Queria, também, agradecer à ARCA pelo investimento nesta área e pelo trabalho que tem realizado, proporcionando a partilha de experiências e divulgação do campeonato tanto distrital como nacional. Parabéns e que continuem a fazer um óptimo trabalho!





Em nome do Blog ARCA - FUTSAL FEMININO EM COIMBRA queremos agradecer-lhe por se ter encontrado disponível para dar o seu contributo em prol do Futsal Feminino, em particular ao praticado no Distrito de Coimbra

Entrevista efetuada pela colaboradora Ana Rita Santos

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